A Quimera, de Gustave Moreau, 1862
Está escrito na Ilíada que a Quimera era de linhagem divina e que na frente era um leão, no meio uma cabra e atrás uma serpente; deitava fogo pela boca e foi morta pelo formoso Belerofonte, filho de Glauco, como os deuses pressagiaram.
A Teogonia de Hesíodo descreve-a com três cabeças. Na metade do lombo está a cabeça de cabra, numa extremidade a de serpente, na outra a de leão.
Plutarco sugeriu que Quimera era o nome de um capitão com vocação de pirata, que tinha mandado pintar no seu barco um leão, uma cabra e uma cobra.
Demasiado heterogénea, a imaginação das pessoas resistia a formar um único animal. Com o tempo, a Quimera passou a significar o impossível, a ilusão, o sonho.