segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mors Liberatrix


Na tua mão, sombrio cavaleiro,
Cavaleiro vestido de armas pretas,
Brilha uma espada feita de cometas,
Que rasga a escuridão, como um luzeiro.

Caminhas no teu curso aventureiro,
Todo envolto na noite que projectas...
Só o gládio de luz com fulvas betas
Emerge do sinistro nevoeiro.

– «Se esta espada que empunho é coruscante,
(Responde o negro cavaleiro-andante)
E porque esta é a espada da Verdade.

Firo mas salvo... Prostro e desbarato,
Mas consolo... Subverto, mas resgato...
E. sendo a Morte, sou a liberdade.»


Antero de Quental
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