segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A eira onde as bruxas se vão esfregar

Albert Joseph Fenot

Sempre ouvi dizer aos mais antigos que na Eira do Monte, que pertence a Paradela mas fica entre dois caminhos, ali à saída de Sendim, é onde as bruxas se vão esfregar.
Uma ocasião, um homem disse assim p’ra outro, amigo dele:
— Olha que a tua mulher também é bruxa!
E ele:
— Ai não, não é! Da minha mulher não se consta isso!
Mas, pelo sim pelo não, a partir daí o homem pôs-se mais atento aos hábitos dela. E numa certa noite, ficou acordado, mas fazendo que dormia, e ouviu-a levantar-se da cama e dizer:

- Eu te benzo, belbezu,
Com as fraldas do meu cu.
Enquanto eu não vier,
Não acordes tu!

Ela então lá foi à vida dela, juntar-se com as outras e esfregar-se na tal laje. Quando veio, o homem estava à espera e viu que trazia o rabo todo queimado de tanto se esfregar.
P’ró outro dia, ao encontrar o amigo, diz-lhe então:

—Agora sim, já estou fiado,
Que ela traz o cu todo queimado.


PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro - Narrações Orais (contos, lendas, mitos) Vol. 1, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2007 , p.157


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

As 13 Luas Cheias do Ano: A Lua da Caçada


Sendo o período do  auge das colheitas e uma vez que a luz do sol se mantinha até tarde, começavam as caçadas nos bosques. No último dia celebra-se o Samhain, o início do ano pagão, anunciando a Caçada Selvagem do Senhor do Inverno.
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