A Lua Minguante é a época que vai desde a Lua Cheia até à Lua Nova. É um tempo de intuição profunda, indicado para a adivinhação. É o tempo da Anciã.
A Anciã encarna a sabedoria da idade madura, os segredos, a adivinhação, a profecia, a compaixão, os finais, a morte e o renascimento. É a mulher sábia que aconselha e trata dos problemas da comunidade. Age sempre com lógica mas pode ser terrível na vingança.
É também a guardiã da passagem para a dimensão da morte. Associada a ela estão as deusas Hécate, Cailleach, Morrigan e Kali, e também as Banshee irlandesas.
As suas cores tradicionais são o preto, o cinzento, o roxo, o castanho ou o azul escuro.
Os rituais que evocam a Anciã destinam-se a remover energias indesejáveis, alcançar a sabedoria e a clarividência. São também indicados para inverter circunstâncias, para todos os processos que terminam, como no fim de relacionamentos, empregos e amizades, na menopausa, no divórcio, para reunir as energias necessárias ao fim de um ciclo, durante uma pausa antes de iniciar novos objectivos ou planos, na morte de uma pessoa ou de um animal, em contrariedades de qualquer tipo, na retribuição aos inimigos, quando se pretende justiça, quando se precisa de uma protecção forte contra ataques a nível físico ou psíquico, para entender os mistérios mais profundos e mesmo para desenvolver uma ligação ou comunicar com os guias ou os espíritos.
Na Idade Média, a sua sabedoria era temida pela Igreja; e assim a Anciã tornou-se o arquétipo da Bruxa Malvada e da mocréia dos contos de fadas. Na sociedade de hoje em que Juventude e Beleza são idolatradas, a Anciã pode ser encarada com temor e equívoco se só vista como símbolo da decadência e da morte… mas a morte é só parte de um ciclo… e nem sempre física.
A Anciã traz a dádiva da libertação relativamente a padrões que restringem e controlam as nossas vidas. A sua energia é a do desprendimento, do desapego e da introspecção fazendo-nos encarar os nossos medos, problemas, raivas, angústias e dúvidas – as nossas sombras. Através dela ganhamos sabedoria à medida que aprendemos as lições trazidas pelas nossas experiências.
A Anciã encoraja-nos a sermos livres mostrando-nos a força e a coragem que todos temos no nosso interior.
Reflexão com a Anciã: O que está a chegar ao fim na minha vida? O que é que eu procuro manter apesar de ser tempo de largar? Estou receptivo ao novo? O que é que desejo que a vida me traga? Em que projectos gostaria de me envolver?