domingo, 11 de julho de 2010

Dark Side of the Moon



O período da Lua Negra ocorre nos últimos três dias de cada ciclo lunar. Para os antigos, este período era um símbolo da morte, mas também da regeneração… A morte encarada, não no sentido literal, mas como o fim de tudo aquilo que já não nos serve, que já não faz sentido nas nossas vidas; toda a bagagem emocional que precisamos de libertar para continuarmos a evoluir.

É um tempo de repouso e introspecção, um tempo de pausa que nos convida à serenidade e à calma. Ler, meditar, ouvir música, escrever, o que quer que nos sirva para reflectir e nutrir o espírito…

Algumas tradições sustentam que a Lua Negra é tão poderosa como a Lua Cheia e que é a altura ideal para trabalhos de magia negra…



A Lua Negra há muito que é associada ao Outro Mundo, à esfera do inconsciente, do mistério e do medo nas nossas almas – a Sombra. A Sombra – termo psicológico intoduzido por Carl Jung, é tudo aquilo que mantemos no nosso inconsciente, reprimido e negado. Todos nós temos uma Sombra, um lado negro, um “Mr. Hyde”. Quanto mais o evitamos, mais poder lhe damos…

Esta fase do ciclo lunar oferece-nos a oportunidade da renovação, de experimentar o desconhecido e de ganhar sabedoria interior. A porta do passado é aberta… para lidarmos com tudo aquilo que nos oprime e nos impede de desenvolver o nosso potencial. Precisamos então de nos purificarmos, de libertarmos o velho e o desnecessário para dar espaço ao novo…

A Lua Negra tem um poder lendário para a criação, propícia para conceber, sonhar, desejar, mas não ainda para passar à acção… Primeiro a ideia…

RITUAL DE LIBERTAÇÃO: acendamos uma vela negra. As velas negras despertam o inconsciente e ajudam a banir o mal e o negativismo das nossas vidas. Invoquemos e/ou visualizemos aquilo que nas nossas vidas já não faz sentido e que estamos prontos a abrir mão. Através da visualização juntemos esses elementos num “embrulho” que se move em direcção à vela. Observemos o “embrulho” a ser devorado pela chama e deixemos a vela apagar-se. Aquilo que libertámos, deixou-nos…



PJ Harvey - Dear Darkness
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