quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Mago


VIBRAÇÃO: espírito
PALAVRAS-CHAVE: rectidão, egocentrismo, vaidade
PONTO ALTO: atitudes tomadas agora trarão resultados excelentes
PONTO BAIXO: quanto mais ego, menos espírito; vença a presunção

O Mago possui poderes espirituais e mágicos e é capaz de influenciar a energia por meio de encantamentos, conhecimento do oculto ou bruxaria. O Mago não é a versão masculina da bruxa, que pode ser tanto um homem como uma mulher. O Mago, porém, é sempre do sexo masculino. Ele revela-nos o potencial para sermos carismáticos e influentes num dado momento - no entanto também transmite um sinal de alerta. Estamos a ser usados ou a usar alguém?

Quando temos alguma autoridade, poder ou influência, devemos certificar-nos que os nossos poderes são usados para o bem maior e não em prol dos nossos próprios interesses ou para nos dar prestígio. A integridade é fundamental para preservarmos os dotes espirituais ou mágicos. As circunstâncias de um momento podem ser um teste para confirmar a sabedoria espiritual que merecemos ter.

Meditemos sobre a pureza do nosso coração e procuremos identificar as áreas da nossa vida em que demonstramos presunção, arrogância ou dogmatismo. Depois peçamos sabedoria para nos libertarmos dessas atitudes.

Sally Morningstar, O Livro Wicca

terça-feira, 26 de julho de 2011

La princesse insensible

de Michel Ocelot, 1983.













quarta-feira, 13 de julho de 2011

As 13 luas cheias do ano: a Lua do Trovão


Julho traz calor e trovoada, aguaceiros e calor. Esta Lua Cheia é também apelidada de Lua de Sangue ou de Lua do Corço, devido aos ritos sacrificiais que aconteciam nesta fase do ano.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O Senhor da Ribeira de Frielas


A ribeira de Sacavém, ao passar por Frielas, toma o nome desta povoação, hoje praticamente dentro da Grande Lisboa. Contudo, na época em que se passa esta lenda, Frielas era um arredor saloio da capital, no meio de hortas e descampados aqui e ali salpicados de pequenas povoações de impecável brancura.

Conta a tradição que uma tardezinha, era lusco-fusco, quase noite, vinha um homem a descer pelo caminho que ia do Casal do Monte até à igreja da Póvoa de Santo Adrião quando, ao chegar à encruzilhada, viu um cabritinho aos saltos na ribanceira. O homem parou e disse para consigo:- Olha que cabritinho tão bonito! Mas como é que o animal anda aqui sozinho a estas horas?

Foi-se chegando, devagarinho para não o assustar, e quando o teve ao alcance da mão começou a acariciá-lo; e o cabritinho a deixar, com ar manso e satisfeito. O homem decidiu então levar o animal para casa e meteu-o debaixo do braço, continuando o seu caminho.

Poucos passos adiante, já não podia com o braço, cansado com o peso do bicho. Passou-o para o outro lado e, daí a nada, a mesma coisa. Com um suspiro de desânimo, arriou o cabrito, enquanto dizia:
- O raio do cabrito sempre pesa que parece que tem chumbo! Nada, o melhor é levá-lo às costas...

Pô-lo às costas e retomou fôlego e caminho. Mas o animal cada vez pesava mais! No sítio a que se chamava Alto do Pinheiro Torto por causa de um pinheiro que lá havia e não era como os outros porque o tronco, a meia altura, quebrava para baixo e depois tornava a subir, fazendo um feitio como que de sela, nesse sítio, o homem já não se podia mexer, tal era o peso do animal. Subitamente, atravessou-lhe a mente o pensamento de que ali havia «história» - humm, um animal tão pequeno! - e atirou com o cabrito para o meio do chão:

- Vai-te embora, diabo, que és coisa ruim!. ..
O bicho abalou logo a fugir e então é que o homem viu que era, na realidade, o Diabo - que até fazia faíscas no chão!
- Ora até que enfim que achaste alguém que andasse contigo às costas, mofino! - gritou-lhe de longe o homenzinho, com um certo tom de alívio, apesar de no fundo se sentir um nadinha defraudado.

Segundo a lenda, o Diabo aparecia todas as tardes na encruzilhada dos quatro caminhos e foi para obstar às suas marotices que alguém mandou construir o nicho com o Senhor, a quem chamaram da Ribeira. Desde então o Diabo não voltou mais a aparecer na ribeira de Frielas.

Este nicho foi parcialmente destruído quando da implantação da República. Há alguns anos atrás, ainda se viam ao pé dele os restos da cruz cimeira de calcário e conservava a gradezinha de ferro a fazer de porta. Dentro estava a imagem do Senhor, alumiada com uma lâmpada, e as esmolas eram deitadas através da grade para uma covinha no fundo.


Fernanda Frazão, Lendas Portuguesas

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Vampiro


Os vampiros, assim como os zombies, fazem parte do folclore e das mitologias antigas, desde os Akhkharu da Suméria e de Lilu, da demonologia da antiga Babilónia. Um dos Akhkharu, Lilitu, apareceu mais tarde na mitologia judaica como Lilith. O jiang shi chinês, o deus egípcio Sekhmet e a Lamia grega também apresentam comportamentos vampíricos.

Lilitu

A maior parte do corpus narrativo relativo aos vampiros provém do folclore da Europa de Leste (especificamente o Eslavo). Nestas histórias, os vampiros são normalmente os corpos reanimados de suicidas, criminosos, feiticeiros maléficos ou ainda vítimas de mortes violentas. Acreditava-se que matavam as suas vítimas sugando-lhes o sangue, ou estrangulando-as ou ainda sentando-se em cima delas e sufocando-as.

Crenças

Causas ou sinais de vampirismo:

- nascer com a cabeça coberta com a membrana do saco amniótico
- nascer com cauda
- quando se foi concebido em determinados dias
- morte não natural
- excomungação
- rituais fúnebres inadequados
- ter cabelo ruivo
- morte de gado numa dada área
- um corpo exumado que tenha cabelo e/ou unhas a crescer, ou sangue na boca e uma tez rosada
- um terceiro mamilo
- nascer prematuramente
- ser o sétimo filho, se todos os outros são do mesmo sexo
- nascer ilegítimo
- ser o bebé de uma mulher que evitou comer sal enquanto grávida
- um estado de decomposição anormal três anos após a morte
- morrer sozinho
- um gato que salta sobre uma sepultura
- comer carne de uma ovelha morta por um lobo
- ser amaldiçoado

Maneiras de matar ou evitar um vampiro:

- colocar um crucifixo no caixão
- colocar blocos debaixo do queixo do cadáver
- pregar as roupas do cadáver às paredes do caixão
- colocar serradura no caixão ou outros pequenos objectos no caixão (contá-los seria uma distração para o vampiro até à madrugada!)
- trespassar o cadáver com estacas ou espinhos
- enterrá-lo com foices acima do pescoço (auto-decapitação)
- queimá-lo
- enterrá-lo de cabeça para baixo
- aspergir água benta sobre o cadáver
- exorcismo
- cortar os tendões do cadáver pelos joelhos
- pintar cruzes nas portas com alcatrão
- colocar lâminas debaixo das almofadas
- esfregar tudo e todos com alho


Dracula, de Tod Browning, 1931 - protagonizado por Bela Lugosi

domingo, 3 de julho de 2011

As Bruxas de Macbeth


Macbeth, de Roman Polanski, 1971
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