sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Cone de Poder

VIBRAÇÃO: chackra do plexo solar
PALAVRAS-CHAVE: energia, foco, concentração

O Cone de Poder é um termo usado para designar a evocação de uma força de energia consciente e o seu envio para algo que exija atenção. Pode ser um cone de cura, de protecção ou de criação. Concentrando a atenção num ponto central de um círculo mágico, o praticante de magia pode, com cânticos e movimentos que ajudem a captar a energia necessária, conferir poder a sonhos e desejos, ajudar pessoas necessitadas e aprender a usar os poderes que estão ao alcance de todos.

O chapéu de burro é um cone de energia. Quando colocado na cabeça, supõe-se que a mente seja revitalizada e funcione com mais perspicácia. O chapéu da bruxa também tem o formato do Cone de Poder, o que significa que a pessoa que o usa tem a capacidade de trabalhar com as energias do universo e da criação e de se concentrar nelas.

A energia está à nossa disposição e pode ser utilizada para o bem maior. As pessoas poderosas - que trabalham com a energia - podem ter uma propensão para a arrogância, para o egocentrismo e a irritabilidade. Quando nos deixamos levar por estes comportamentos, é altura de parar e brincar um pouco pois as coisas ficaram sérias ou intensas demais.

EXERCÍCIO DE MAGIA: Fitar a Vela

Este exercício aumenta o poder de concentração. Deixe que a sua visão fique desfocada e fixe os olhos na chama de uma vela branca, colocada à sua frente, a uma distância de 60 centímetros. Enquanto concentra a sua atenção na chama, observe as imagens e sensações que lhe ocorrem. Assim perceberá melhor como a mente pode vaguear quando está tranquila.

Sally Morningstar, O Livro Wicca, Pensamento

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

As 13 Luas Cheias do Ano - A Lua da Neve



Geralmente a neve mais pesada caía em Fevereiro e daí o seu nome, mas era igualmente referida pelo epíteto "Lua Cheia da Fome" - com o Inverno ainda no seu auge e a comida armazenada no Outono já a findar-se, vinha o tempo de maior provação...
 A Lua deFevereiro é a Lua Casta que representa o apogeu das cores, dos sons e do sentir. É o momento de pedir inspiração para a nossa vida, a fim de transcender o velho e abraçar o novo.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Balada do Noivado do Sepulcro

Death and the Maiden, PJ Lynch

Vai alta a lua! na mansão da morte Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.

Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
D'entre os sepulcros a cabeça ergueu.

Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na marmórea cruz.

Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.

Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se e com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:

"Mulher formosa, que adorei na vida,
"E que na tumba não cessei d'amar,
"Por que atraiçoas, desleal, mentida,
"O amor eterno que te ouvi jurar?

"Amor! engano que na campa finda,
"Que a morte despe da ilusão falaz:
"Quem d'entre os vivos se lembrara ainda
"Do pobre morto que na terra jaz?

"Abandonado neste chão repousa
"Há já três dias, e não vens aqui...
"Ai, quão pesada me tem sido a lousa
"Sobre este peito que bateu por ti!

"Ai, quão pesada me tem sido!" e em meio,
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.

"Talvez que rindo dos protestos nossos,
"Gozes com outro d'infernal prazer;
"E o olvido cobrirá meus ossos
"Na fria terra sem vingança ter!

- "Oh nunca, nunca!" de saudade infinda
Responde um eco suspirando além...
- "Oh nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.

Cobrem-lhe as formas divinas, airosas,
Longas roupagens de nevada cor;
Singela c'roa de virgínias rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.

"Não, não perdeste meu amor jurado:
"Vês este peito? reina a morte aqui...
"É já sem forças, ai de mim, gelado,
"Mas inda pulsa com amor por ti.

"Feliz que pude acompanhar-te ao fundo
"Da sepultura, sucumbindo à dor:
"Deixei a vida... que importava o mundo,
"O mundo em trevas sem a luz do amor?

"Saudosa ao longe vês no céu a lua?
- "Oh vejo sim... recordação fatal!
- "Foi à luz dela que jurei ser tua
"Durante a vida, e na mansão final.

"Oh vem! se nunca te cingi ao peito,
"Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
"Quero o repouso de teu frio leito,
"Quero-te unido para sempre a mim!"

E ao som dos pios do cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrada, d'infeliz amor.

Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.

Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.

Soares de Passos (1826-1859)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O falcão do rei de Furs

LENDA ÁRABE


Contam que o rei de Furs era grande amigo de divertimentos, de passeios e de todo tipo de caça. Possuía um falcão treinado por ele próprio que não o abandonava nenhum momento. Mesmo durante a noite, o rei  trazia-o preso ao seu punho. Quando ia à caça, levava-o consigo. No pescoço da ave, tinha mandado pendurar uma vasilha de ouro, onde lhe dava de beber. Um dia, no seu palácio, o rei viu, subitamente, chegar o encarregado dos bosques e florestas.

Disse-lhe esse encarregado:
— Ó rei, estamos de novo na época das caçadas!
— Isso deixa-me muito feliz! — exultou o rei e começou a fazer os preparativos para a partida.
No dia seguinte, com o falcão no seu punho, partiram, rumando para um vale, onde estenderam as redes de caça. Repentinamente, uma gazela ficou presa na rede.
Então o rei alertou:
— Matarei aquele que a deixar escapar!

Começaram a puxar a rede em torno da gazela, que se acercou do rei, ergueu-se sobre as patas traseiras, encolhendo junto do peito as patas dianteiras. Então o rei bateu as mãos uma contra outra, espantando a gazela, que saltou e fugiu, desaparecendo no meio das árvores.

O rei voltou-se para os guardas e viu que eles piscavam os olhos uns para os outros, referindo-se a ele, o rei. Percebendo isso, perguntou ao grão-vizir:
— Que têm os soldados?
O grão-vizir respondeu:
— Eles dizem que tu juraste matar quem quer que deixasse escapar a gazela!
Falou o rei, em seguida:
— Pela minha cabeça, precisamos perseguir aquela gazela e trazê-la de volta!

Começou a galopar, seguindo a pista do animal. Libertou o falcão, incitando-o a perseguir a presa. O falcão rapidamente a localizou e, num voo rasante e certeiro, atirou-se sobre a gazela, enterrando-lhe o bico aguçado nos olhos, cegando-a. O rei apanhou seu bastão, bateu no animal, fazendo-o rolar. Desceu resolutamente, degolou-a, esfolou-a e prendeu a caça na sua sela.

Fazia calor e o local era árido e sem água. O rei teve sede e cavalo também. Olhando ao redor, o monarca viu uma árvore de onde escorria um líquido parecido com manteiga. O rei tinha a mão coberta com uma luva de pele, onde pousava o falcão. Apanhou a vasilha do pescoço da ave, encheu-a com aquele líquido e colocou-a diante do falcão. Inesperadamente, o animal, com um golpe de uma de suas garras, entornou-a. O rei apanhou a taça pela segunda vez, encheu-a, imaginando que a ave também tinha sede, mas o falcão, pela segunda vez, entornou-a.

O rei ficou enraivecido com o falcão e deu-lhe o líquido pela terceira vez. O falcão novamente o entornou e o rei disse:
— Que Alá te enterre, ave infernal!
Dizendo isso, feriu o falcão com sua espada, cortando-lhe as asas. O falcão ergueu a cabeça e sinalizou para o rei:
— Olha o que há sobre a árvore! — queria ele dizer.

O rei levantou a cabeça e viu uma serpente monstruosa na árvore. O que escorria era o seu veneno. O rei, arrependido de ter cortado as asas do falcão, levantou-se, tornou a montar a cavalo e partiu levando a gazela. Mandou o cozinheiro preparar a gazela, depois sentou-se no seu trono, tendo o falcão no punho. Percebeu, então, que a luva que vestia estava empapada de sangue. Imaginou que fosse da corça, mas, ao observar o falcão, viu o sangue que escorria dos ferimentos.
— Meu amigo, você não pode morrer! — lamentou o rei, apertando a ave junto ao peito.

O falcão, às portas da morte, apontou a taça que trazia ao pescoço e fez sinais para que o rei a enchesse de vinho. Aflito, o rei assim o fez, aproximando-a do bico da ave. Novamente o falcão fez sinais, dando a entender ao rei que desejava que este tomasse o primeiro gole. O rei o atendeu, bebendo um gole do vinho, depois voltou a oferecer o vinho ao falcão, que soltou um longo soluço e morreu. Vendo aquilo o rei soltou gritos de luto e aflição por ter matado o falcão que o salvara da morte. Sentiu um aperto no coração, mas estava por demais concentrado no seu sofrimento para perceber que o resto do veneno da serpente, que ficara na taça, o matava.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Raconteurs


The Raconteurs - Broken Boy Soldier

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As Ninfas

Hilas e as Ninfas, de William Waterhouse
(...) os antigos dividiram-nas em Ninfas das águas e da terra. Destas últimas, algumas presidiam aos bosques. As Hamadríadas moravam invisivelmente nas árvores e morriam com elas; de outras pensou-se que eram imortais ou que viviam milhares de anos. As que habitavam no mar chamavam-se Oceânides ou Nereides; as dos rios eram Náiades. (...) Eram donzelas graves e formosas; vê-las poderia provocar a loucura e, se estavam nuas, a morte.(...)
Os antigos ofereciam-lhes mel, azeite e leite. Eram divindades menores e não se ergueram templos em sua honra.
Jorge Luis Borges, O Livro dos Seres Imaginários, teorema

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cultos da Bruxa


Broadcast and The Focus Group - Witch Cults

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Deus Cornífero

VIBRAÇÃO: chackra da base
PALAVRAS-CHAVE: força vital, alegria
PONTO ALTO: recomenda-se diversão e celebração
PONTO BAIXO: respeite-se a si mesmo e descubra o que o faz verdadeiramente feliz

O Deus Cornífero é o deus da natureza, do mundo subterrâneo e das florestas. Também é conhecido como Cernunnos, Herne e Dioniso. É representado pela serpente com cabeça de carneiro e pela forquilha simples de madeira, que termina numa bifurcação. É o senhor da terra e guardião do mundo subterrâneo.

O Deus Cornífero lembra-nos que precisamos agradecer o que recebemos e celebrar a vida. Mas a vida não é só diversão, é responsabilidade e compromisso também. Se nos sentirmos stressados ou indispostos, o Deus Cornífero indica que podemos precisar do período que atravessamos para aprendermos a ser naturais, sermos nós mesmos. Nesse caso, é fundamental buscarmos a alegria verdadeira e ligarmo-nos à vida e à pessoa que gostaríamos de ser.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Hora da Bruxa: Fair is Foul and Foul is Fair


Macbeth, de Polanski, 1971

- When shall we three meet again?
In thunder, lightning, or in rain?
- When the hurlyburly's done,
When the battle's lost and won.
- That will be ere the set of sun.
- Where the place?
- Upon the heath.
- There to meet with Macbeth.
- I come, Graymalkin.
- Paddock calls.
- Anon!
- Fair is foul, and foul is fair:
Hover through the fog and filthy air.

William Shakespeare, Macbeth, I Acto, 1ª cena

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Imbolc



O festival do Imbolc marca o início da estação fértil do ano e celebra o retorno da noiva virginal à terra. Consagrado a Brígida, deusa celta do fogo e da fertilidade, este festival reverencia o fim da regência da deusa negra e a volta da luz da primavera. Tradicionalmente, também anuncia as procissões aos poços sagrados, onde as pessoas se purificam e são abençoadas. Há o costume de levar velas acesas aos santuários dedicados à deusa. Imbolc significa "leite de ovelha" e representa o alimento da vida nova.

O Livro Wicca, de Sally Morningstar


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